terça-feira, 30 de novembro de 2010

Lucas recebe pela 6º vez prêmio “Gestor Eficiente da Merenda Escolar”

MAS UMA CONQUISTA PARA O MUNICÍPIO, O QUE É BEM INVESTIDO TEM QUE SER FALADO...
PARABÉNS PREFEITURA, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, MERENDEIRAS, NUTRICIONISTA,  CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO, FORNECEDORES E PESSOAS QUE CONTRIBUIRAM DIRETO OU INDIRETAMENTE PARA ESSA CONQUISTA.
A premiação aos municípios contemplados aconteceu na ultima segunda-feira (29) em Brasília. O prefeito Marino Franz recebeu das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o premio de “Gestor Eficiente da Merenda Escolar”. Realizada pela ONG Ação Fome Zero e pelo Ministério da Educação (MEC), a avaliação observou quatro indicadores: desempenho administrativo-financeiro, eficiência nutricional, desenvolvimento local e participação social. Em todos eles o município obteve nota máxima.

Uma das características que influenciaram a premiação de Lucas do rio Verde é o fato de o município investir mais na educação do que apenas o valor que o governo federal repassa através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O repasse do governo federal do ano passado foi de R$ 270 mil, mas o município investiu cerca de 1,3 milhão nos quase sete mil alunos da rede municipal.

Pequenos agricultores do município fornecem a Secretaria de Educação, legumes, verduras, ovos, carnes suína, de gado e de frango, barateando o custo da merenda. Alem de tornar a alimentação dos alunos mais saudável a diversificação serve de renda para muitas famílias da região que fornecem sua produção à prefeitura.

Além das hortas, que produzem folheosas e leguminosas, a prefeitura mantém a padaria escolar, que produz pães, bolos, biscoitos, macarrão e outros alimentos que diversificam o cardápio das crianças.

40 profissionais trabalham nas cozinhas, todas amplas, arejadas e bem equipadas. O resultado de todo esse trabalho é visto nos índices de desnutrição infantil nas crianças matriculadas, que deixaram de existir.

domingo, 21 de novembro de 2010

Planejamento Escolar

Como estamos chegando ao final do ano todos os professores estão pensando em férias bem merecidas por sinal, mas logo se inicia as atividade de início de ano, como também a organização da turma, da sala e dos planejamentos, desse modo ao lê essa entrevista não tive como não postá-la, pois apesar do planejamento já fazer parte da rotina da escola, muitas dúvidas ainda permeiam sobre ele, creio que essa matéria possa ajudar um pouco.
A entrevista é com José Cerchi Fusari, sobre: “Planejar evita o excesso de improviso pedagógico”.
O currículo do garoto é de dar inveja......Com mais de 40 anos de experiência em educação, José Cerchi Fusari* defende a retomada do planejamento educacional como uma atividade realizada durante todo o ano letivo e não somente no início. Professor doutor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Fusari trabalhou sistematicamente na formação de pedagogos, professores e pesquisadores. É doutor em educação pela USP, mestre em filosofia da educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), formado em pedagogia pela PUC–SP e egresso das antigas escolas normais de formação de professores. Além da longa experiência em ensino fundamental, médio e superior, no momento coordena na FEUSP o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Educadores (GPEFE).

JP - O que se entende por planejamento de ensino? Qual o seu conceito?

JCF - A maioria das escolas brasileiras organiza no começo do ano uma semana de planejamento. Isso tem um lado positivo e negativo. Como não há uma cultura de planejamento, isso acaba limitando-o àquilo que acontece somento no início do ano letivo. Planejar não pode ser caracterizado como uma atividade datada e situada, deve ser um processo mais amplo, caso contrário, cairemos no “repentismo pedagógico” em que as escolas vivem de improvisos.
Sendo assim, o planejamento pode ser definido como um processo permanente, crítico e reflexivo vivenciado pelos educadores, em especial, nos 200 dias letivos e para além deles. É muito mais amplo do que a elaboração de planos e projetos. O planejamento é uma atitude, um valor que damos ao pensar, ao refletir. Ao fazer isso, valorizamos os educadores enquanto protagonistas do processo de educação escolar.
Atualmente, o planejamento escolar está estigmatizado como uma tarefa supérflua, desnecessária e burocrática. Entretanto, é importante recuperar a identidade do planejamento na escola como uma vivência, uma atitude. O planejamento transformado em cultura vai propiciar bons projetos, planos de aula e planos de ensino.

JP - É importante a participação da comunidade e dos conselhos escolares na hora de formular o plano de ensino? Como eles podem contribuir?

JCF - Toda escola se organiza a partir de um currículo formal, o qual serve de base para a construção de um Projeto Político Pedagógico (PPP). A construção deste projeto deve ser feita coletivamente, de maneira participava, costurada com a comunidade na qual a escola está inserida. Por isso, podemos dizer que o projeto é uma obra aberta. O PPP está sempre sendo reinventado porque a relação da escola com a comunidade é dinâmica.
A comunidade pode contribuir de várias formas. Sabemos que existem escolas muito fechadas em relação a comunidade, mas tem escolas que conseguem ter um diálogo mais aberto. Para isso, há formas instituídas como os conselhos escolares, que funcionando democraticamente, estabelecem um canal de comunicação rico e saudável para a escola. A escola tem que ir além do que é a expectativa da comunidade. O PPP tem uma função tripolar: está voltado para a educação dos alunos, mas também para a educação dos professores e da comunidade. Assim a comunidade se torna co-responsável pela escola e seu projeto pedagógico.

JP - O que deve ser levado em consideração na hora de montar um plano escolar, curricular e de aula?

JCF - O fundamental não é decidir se o plano será redigido no formulário x ou y, mas assumir que a ação pedagógica necessita de um mínimo de preparo, mesmo tendo o livro didático como um dos instrumentos comunicacionais no trabalho escolar em sala de aula. É importante desencadear um processo de repensar todo o ensino, buscando um significado transformador para os elementos curriculares básicos:
Princípios educacionais – Estão presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Entretanto, é interessante que a escola se reúna e reescreva os princípios levando em consideração as situações locais. Os princípios são o ponto de partida do processo de elaboração de um plano escolar e é interessante que acompanhe todo o processo de planejamento escolar.
Objetivos – Estes são os pontos de chegada, onde se pretende chegar com as atividades da escola, de cada disciplina e das aulas.
Conteúdo – É necessário também prever o conteúdo como um recorte do conhecimento que fará parte de cada disciplina. Conhecimento este produzido históricamente pela humanidade.
Métodos de ensino – Concomitante a definição dos objetivos que constituem o ponto de partida para qualquer método de ensino, cumpre ao professor e supervisor o planejamento de técnicas, instrumentos, procedimentos, situações e experiências de ensino que visam engajar o aluno em situações capazes de produzir aprendizagens crítico-reflexivas.
Avaliação – A avaliação é o processo pelo qual a escola e os professores procuram determinar a qualidade e quantidade de mudanças efetuadas na aprendizagem dos educandos, sempre tendo como referência os princípios, objetivos, conhecimentos, metas e sistemas de avaliação. As situações de avaliação são mais facilmente escolhidas e planejadas quando os objetivos são bem definidos.

JP - Qual plano deve ser prioritário: escolar, curricular ou de aula?

JCF - Os três tipos de plano se complementam, se interpenetram e compõem o corpo do plano de currículo da escola. Entretanto, na prática das unidades escolares, devido à quase total falta de condições de trabalho docente, a elaboração dos planos escolar, de curso e de ensino tem-se revelado complexa, fragmentada, longe mesmo, em alguns casos, daquela organicidade desejada para o processo de ensino e aprendizagem.

Na atual conjuntura problemática em que se encontram a escola, vamos estimular os professores a prepararem as suas aulas, garantindo, deste modo, um trabalho mais interessante e produtivo no processo ensino e aprendizagem, no qual o professor seja um bom mediador entre os alunos (com suas características e necessidades) e os conteúdos do ensino.

*jcfusari@usp.br

Autor:Arquivo do MEC
(http://portaldoprofessor.mec.gov.br/noticias.html?idEdicao=6&idCategoria=8)

sábado, 20 de novembro de 2010

UAB oferecerá cursos de Mestrado Profissional


Vejam meus colegas professores que notícia animadora, para quem tem interesse de fazer um mestrado e que não pode deixar de trabalhar...
O Mestrado profissional tem uma ampla importância, pois viabiliza um crescimento profissional, não só teórico, mas também prático.
Boa Leitura...
A partir de 2011, a UAB (Universidade Aberta do Brasil) passará a oferecer os primeiros programas de pós-graduação stricto sensu a distância. Atualmente, são disponibilizadas vagas em cursos de graduação e especialização. Estão previstas, a princípio, a criação de dois cursos de mestrado profissional: educação infantil e docência em matemática para escola básica. A decisão é um marco na modalidade, já que não existem mestrados a distância no Brasil. A novidade, divulgada com exclusividade ao Universia por Celso José da Costa, coordenador-geral do sistema, integrará o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica do MEC (Ministério da Educação).
"Com a maturidade do programa, essa expansão é mais do que necessária. Até porque a capacitação dos professores da rede pública de ensino não se limita à graduação e a especialização", explica Costa, que acrescenta a importância da UAB no processo de formação continuada dos educadores brasileiros. "Aqueles que já concluíram a graduação terão a oportunidade de continuar a estudar e se aperfeiçoar", justifica. De acordo com o coordenador-geral, os programas ainda estão em fase de desenvolvimento e comissões especializadas se reunirão ao longo do ano para definir tanto o plano pedagógico, como o administrativo. "O edital de seleção de propostas será lançado ainda esse ano", garante ele, que prevê a abertura das primeiras vagas no primeiro semestre de 2011.
O potencial da iniciativa é reconhecido por Paulo Monteiro Vieira Braga Barone, presidente da Câmara de Educação Superior - órgão vinculado ao Conselho Nacional de Educação. Na opinião dele, os programas de pós-graduação stricto sensu influenciarão a formação dos professores brasileiros. "A docência é muito mais ligada à concepção, do que a evidência. Daí a importância de garantir o contato de nossos profissionais à vivência em investigação", ressalta ele. "Portanto, espera-se que essa oportunidade influencie muito mais gente, tanto no trabalho quanto nos processos formativos", acrescenta ele.
Ao mesmo tempo em que o programa contribuirá com a formação dos docentes, promete viabilizar mudanças na rede pública de Ensino Básico no País. É o que acredita Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho). "A própria característica do mestrado profissional viabilizará esses dois processos. Até porque, o programa alia formação teórica às necessidades do próprio mercado. Ou seja, os estudantes serão mobilizados a desenvolver trabalhos de investigação relacionados ao sistema educacional brasileiro com a identificação de soluções para problemas reais", explica ele.
Além disso, a modalidade a distância permitirá o aumento do contato de professores com os programas de pós-graduação stricto-sensu. "A formação superará barreiras geográficas. E mais, permitirá uma riqueza cultural ainda maior ao curso", acredita Schlünzen Junior.
Garantia de qualidade
Apesar do potencial, o sucesso dos novos programas da UAB vai depender das estruturas adotadas. "Hoje a preocupação frequente na implementação de qualquer curso, seja ele presencial ou a distância, é a qualidade", enfatiza Barone. Fator que, segundo ele, é ainda mais relevante em iniciativas pioneiras. "Ainda que a legislação brasileira possibilite a criação de cursos de pós-graduação stricto sensu a distância, não há programas com essas características no País", afirma ele.
Barone acredita que o preconceito com relação à modalidade também gera uma maior desconfiança no processo de formação, sobretudo em mestrados e doutorados. "As experiências recentes, porém, comprovam que os processos bem planejados podem formar bons profissionais. Há inclusive graduados pelo sistema que garantiram os primeiros lugares em concursos públicos", declara o presidente da Câmara de Educação Superior, que acredita na repetição da tendência nos cursos strictos sensu da UAB. "Mas até que os resultados sejam conquistados nessa nova proposta, o esforço com a qualidade será o principal atrativo", diz Barone.
A garantia da qualidade, na opinião de Barone, está na interação entre corpo docente e discente. Ele aponta ainda a importância dos programas respeitarem os princípios dos próprios cursos presenciais. "A gestão do mestrado a distância precisa ser muito bem pensada para que a formação dos profissionais não seja deturpada e garantam os mesmos resultados dos programas presenciais", defende ele.
Para preservar a excelência da formação das pós-graduações das instituições de Ensino Superior públicas, Costa garante a adoção dos mesmos procedimentos adotados pelos cursos presenciais. "Os pré-requisitos exigidos pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) também deverão ser respeitados", resume o coordenador-geral da UAB.
Mesmo sendo a distância, Barone ressalta ainda a necessidade de dedicação por parte dos estudantes. "Para possibilitar isso, será obrigatória a oferta de bolsas. Até porque, a dedicação à pesquisa, mesmo que na modalidade a distância, é essencial para a realização de pesquisas", afirma ele. A real necessidade de auxílios, porém, já está nos planos do sistema UAB. "Pela primeira vez, o governo oferecerá bolsas na modalidade mestrado profissional", assegura Costa. Ele garante já ter o aval tanto da Capes como do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para isso.
Muito mais do que oferecer cursos de pós-graduação stricto sensu, a UAB servirá de base na implementação de novos programas. "A iniciativa passará a servir de exemplo e de incentivo para as instituições de ensino, tanto privadas como públicas", afirma Schlünzen Junior. Ele relaciona essa responsabilidade à importância da construção de uma estrutura sólida para os novos programas de pós-graduação.


Por Larissa Leiros Baroni

(http://universia.com.br/ead/materia.jsp?materia=19285)